A infecção urinária afeta cerca de 10% das mulheres na gestação e, além dos incômodos por si sós, pode provocar consequências mais graves, como parto prematuro e até aborto. É importante diagnosticar o mais rápido possível para iniciar o tratamento adequado o quanto antes.
Dor ao fazer xixi, sensação de bexiga cheia o tempo todo, ardência, calafrios e, em alguns casos, febre. Esses são sintomas clássicos da infecção urinária ou cistite, que ocorre quando bactérias ou fungos se alojam na bexiga. E o sexo feminino conhece bem esse quadro. Isso porque, cerca de 50% das mulheres já tiveram ou terão pelo menos um episódio da doença ao longo da vida. ?
E, se em qualquer época da vida ela necessita de tratamento adequado, na gravidez isso é ainda mais importante, já que o problema pode provocar parto prematuro e até aborto, causados pela ruptura da bolsa amniótica. E não é só: a cistite ainda é causa de restrição de crescimento fetal (já que impede a passagem adequada de nutrientes) e do risco maior de o bebê sofrer uma infecção.?
EXAMES DE CONTROLE?
Não há dados oficiais sobre quantos partos prematuros são ocasionados pela infecção urinária, mas, por precaução, o exame de urina, que analisa células e bactérias presentes no xixi, e a urocultura, que avalia as bactérias na urina e sua resistência a determinados tipos de antibióticos, devem ser rotina no pré-natal e precisam ser feitos a cada trimestre.?
Para os casos em que as mulheres já apresentam cistite de repetição, recomendam-se exames mensais. A prevenção é importante porque existe uma versão da doença que é silenciosa. É a bacteriúria assintomática, que ocorre quando a mulher tem as bactérias na bexiga, mas não apresenta sintomas. ?
De 4 a 8 vezes ao dia: É o número ideal de idas ao banheiro para fazer xixi. Vale se policiar se vai menos do que isso, e investigar se nem sente vontade de ir com mais frequência??
Existem várias causas para o aparecimento da infecção urinária: o corpo feminino, a predisposição genética e os hábitos alimentares inadequados são algumas delas. E, na gravidez, há uma remodelagem dos órgãos internos por conta do aumento do útero que faz com que a bexiga fique sem espaço, daí a vontade de ir ao banheiro a toda hora. Mas, como está apertada, é comum sobrar um pouco de urina armazenada, o que pode causar a inflamação. ?
ALÍVIO E CUIDADO?
O tratamento é feito com antibiótico. “Existe uma classe de medicamentos que é segura na gestação. Depois da gestação, os cuidados das mulheres que sofreram com a infecção devem continuar. Isso porque as chances de ter uma endometrite puerperal (infecção do endométrio) aumentam, assim como voltar a ter as cistites em outras gestações.?
Dá para prevenir? É possível evitar a doença se a mulher mantiver uma alimentação adequada, urinar após as relações sexuais e cuidar da microbiota vaginal, limpando de frente para trás toda vez que fizer xixi e deixando a região sempre seca. Mas o mais importante é beber muita água e nunca, em hipótese alguma, segurar o xixi.?
Fonte: Revista Crescer ?
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