TRANSTORNOS MENTAIS: SÃO FATORES DE RISCO PARA COVID-19?

Além das condições pré-existentes, pessoas infectadas têm mais chances de ter transtornos, na pandemia, empresas relatam alta de doenças psiquiátricas.


De olho nos efeitos que a pandemia tem causado sobre a saúde mental, como já foi alertado pela Organização Mundial da Saúde, uma pesquisa da Universidade de Oxford descobriu dados que demonstram que a covid-19 pode ter mais chances de estimular o surgimento de doenças mentais, como transtornos de ansiedade e depressão.


Além disso, a pesquisa descobriu que existe uma correlação entre problemas psiquiátricos já existentes e a chance de alguém ser infectado pelo novo coronavírus. Essas pessoas tinham 65% mais chances de ser diagnosticadas com covid-19.


Nos três meses após terem sido infectados, 5,8% dos pacientes tiveram seu primeiro diagnóstico psiquiátrico. Enquanto isso, pessoas recém recuperadas de doenças respiratórias comparáveis, como gripe, foram 2,5 e 3,4% do total.


Isso mostra que a pessoas infectadas pelo novo coronavírus tiveram pelo menos duas vezes mais chances de ter transtornos psiquiátricos.


O estudo, conduzido por pesquisadores da the Universidade de Oxford e do NIHR Oxford Health Biomedical Research Centre, explorou dados dos Estados Unidos. Foram analisados dados de saúde de 69,8 milhões de pacientes norte-americanos, dos quais 62.354 mil tiveram covid-19.


Apesar de o primeiro diagnóstico ter sido encontrado em apenas 5,8% dos infectados, o que indica a causalidade, 18,1% das pessoas que tiveram covid-19 têm alguma questão psiquiátrica.


No Brasil, uma pesquisa da consultoria Falconi aponta o crescimento de casos de depressão, burnout e distúrbios emocionais. 37% das empresas registraram aumento de doenças psiquiátricas.


Os acometimentos mentais no ambiente laboral são preocupantes, tanto pelo estado precário de saúde dos funcionários, quanto pelo impacto que o cenário gera nas empresas, inclusive financeiramente. A Isma-BR calcula que a má gestão do estresse custa 80 bilhões de dólares às organizações no Brasil. Nos EUA, o número pode chegar a 300 bilhões de dólares.


Transtornos pré-existentes

Até agora, os fatores de risco mais comuns são a idade, problemas cardíacos e a diabetes. Não há dados que expliquem por que isso acontece, mas apontam algumas hipóteses.


Pessoas ansiosas podem ter menor adesão às recomendações de distanciamento social e fatores de estilo de vida (como, tabagismo) também podem ter essa influência.


A vulnerabilidade à covid-19 também pode ser aumentada por um estado pró-inflamatório existente em algumas formas de transtorno psiquiátrico ou estar relacionado à medicação psicotrópica.


Os pesquisadores afirmam que não previam que o histórico psiquiátrico poderia ser um fator de risco independente e reforçam que a conclusão parece robusta, já que é observada em diferentes idades, ambos os sexos, se há outro fator de risco ou não e mesmo em casos em que não havia vulnerabilidade de moradia e econômica.


Mesmo os dados sendo robustos, os autores citam uma pesquisa coreana que não encontrou associação entre diagnóstico psiquiátrico e a covid-19, mas que tinha amostra pequena.


Os pesquisadores destacam que as conclusões já servem para que médicos e sistemas de saúde considerem os transtornos mentais como comorbidade e adequem a estratégia de combate à pandemia.


Fonte: exame

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